Vídeo publicado por Catarina Paulo a 24-07-2015,
referente a um mini-Documentário realizado por Ana Marta Serra e Carina Batista.
In https://www.youtube.com/watch?v=JCjsKj_MA70, acedido a 07-12-2015.
In https://www.youtube.com/watch?v=JCjsKj_MA70, acedido a 07-12-2015.
TOMANDO UM DUCHE DE PRACHEIRISMO NA ESART
Bastava termo-nos ficando pela primeira declaração deste pseudo-Dux, para ficarmos desde logo cientes do resto.
Como podemos nós almejar a promoção e defesa das Tradições e da Praxe, quando quem é suposto saber fazé-lo, consegue precisamente o contrário?
3 intervenções teve o moço (o dito "Dux"), redundando em 3 monumentais argoladas que mereciam, essas sim, a aplicação de sanções secundum praxis.
Vamos recordá-las:
"- Eu não conheço muitas experiências de praxe nas noutras, nem faço muita questão de conhecer (a de) outras escolas e instituições, e Coimbra.....não faço questão de perceber porquê.....vejo demasiado pegados à palavra "tradição" e pouco pegados á palavra da frente que é "inovação."
- Pois isso é desde logo mau. Aliás um Dux dizer isso é como escrever na sua própria testa "sou um ignorante".
Quando um Dux, que supostamente é o zelador da Praxe, adianta que se está a borrifar para o conhecimento, e especialmente sobre as raízes da Praxe e Tradição (Coimbra), as quais servem de modelo legitimador, então perguntamo-nos que raio de gente anda a ocupar determinados cargos. Quando o líder demonstra tão pouca tarimba, o resto adivinha-se.
E termina com algo que nem mesmo um imbecil diria na qualidade de Dux, ao referir-se à "tradição".
Ora, se a tradição deve dar lugar à inovação (qual inovação, já agora?), a que propósito este senhor é Dux? A que propósito possui código de praxe, festeja queima das fitas, latadas, etc.? Ou esquece este senhor que é precisamente a Tradição que justifica a Praxe e que a inovação em detrimento da tradição impede precisamente tudo aquilo que este senhor supostamente representa, desde logo o traje que veste?
"- Aquele filme de "são muitas actividades, é muito tempo de festas", é fruto um bocadinho, e como temos visto na comunicação social, de má informação. As pessoas não conhecem a realidade, mas decidem opinar, só porque sim!"
- Para quem afirma que não quer saber do que se faz noutros lados, e muito menos da matriz (Coimbra) que legitima a Praxe e a Tradição como académicas, é o que se chama "dar um tiro no pé".
Como dizia o Eduardo Coelho, "Opiniões toda a gente tem. Infelizmente, também toda a gente as dá.", que se aplica perfeitamente neste caso, a este senhor.
"- Todas as praxes mudam, todos os órgãos mudam, os Dux mudam. O único nome que se mantém sempre é o "caloiro" e, portanto, todos nós fomos caloiros. Nem todos vamos ser Dux ou comissões de praxe; portanto a praxe existe pelos caloiros."
- Uma vez mais, este senhor, que se diz Dux, nem sequer consegue fazer a devida distinção entre gozo ao caloiro ("praxes") e Praxe. Também não se apercebe que os organismos não mudam (por norma), antes sim os seus componentes, tal como a figura do Dux que se mantém, mudando, isso sim, seu titular.
Mas quando afirma que apenas o termo "caloiro" se mantém igual, faz, uma vez mais, prova da sua incompetência e ignorância em matéria de Tradições (mas que podemos nós mais querer, se ele próprio faz gala desse tolhimento intelectual ao recusar estar informado?), algo que não se coaduna com o desempenho das funções de Dux.
O termo caloiro nem sempre foi usado na gíria académica universitária para designar o aluno do 1.º ano (que se matricula pela 1.ª vez no ensino superior), pois esse termo designava, isso sim, o aluno do liceu já com exames de preparatório feitos (enquanto que "Bicho" era o nome atribuído ao aluno do liceu sem exames de preparatório feitos, mais tarde passando a designar qualquer aluno do liceu, até ser substituído pelo termo "cabaço").
O termo usual, e usado, durante séculos foi o de "Novato".
Portanto, até o termo "Caloiro" foi alvo de mudança.
Diz, e bem, que nem todos serão Dux ou farão parte de Comissões de Praxe: pena é que pareça demasiado comum que essas funções sejam ocupadas por pessoas que demonstrem tão pouca preparação e competência para tal. No caso deste "Dux", até diríamos que teria sido um grande favor, se tivesse optado por não ocupar tal lugar.
De facto, e abordando outra afirmação, o gozo ao caloiro, ou seja as ditas "praxes", são actividades destinadas aos caloiros. Só que ele não disse "praxes", disse "praxe". São coisas totalmente diferentes e a Praxe não existe para o caloiro apenas, pois é lei que rege a comunidade, quanto ao modo de proceder, ser e estar em determinadas situações e eventos próprios da Tradição Académica, estando trajado.
Se as festas são importantes, aconselharia este moço a procurar menos festa e menos sesta, optando por estudar um pouco mais do assunto e ganhar as devidas competências e saber para ser merecedor do cargo que des(em)penha.
Nota: O tema está em debate no grupo do FB "Tradições Académicas&Praxe"
Nota: O tema está em debate no grupo do FB "Tradições Académicas&Praxe"
Nenhum comentário:
Postar um comentário