Importa, isso sim, e de forma expedita, ou seja sendo curto e grosso, alertar para aquilo que é uma Pasta da Praxe, que os finalistas usam com as fitas, e para aquilo que para alguns parece (ou até será), mas não passa de uma imitação introduzida por duvidosas lógicas comerciais, e que atentam à tradição.
Já em anterior artigo (clique AQUI) se falou sobre esse verdadeiro circo de fitas e de pseudo-pastas que inundam o mercado por força das novas praxes criadas não por estudantes, mas inventadas pelo comércio que vive das tradições estudantis, como também nos mereceu artigo (ver AQUI)
Aliás, os códigos (pelo menos os que têm algo de pés e cabeça) não contemplam sequer essas falsificações, esses estúpidos "faz de conta" de Pasta.
Pasta da Praxe é preta, em pele (ou imitação de pele), lisa e simples. Serve para transportar livros, sebentas, apontamentos.
A Pasta da Praxe não foi expressamente criada para transportar fitas.
Se a sua foi, não é Pasta da Praxe, nem é da Praxe.
Pasta da Praxe, como manda a Tradição, é assim (e só assim) e só permite 8 fitas (8 apenas):
As fitas são da cor da faculdade (área de estudos) que se frequenta. Mais recentemente (anos 90), vieram as "cores de curso" (outra parvoíce), e as fitas passaram a contemplar essa subdivisão (por isso temos pastas com fitas de mais de uma cor, pois temos cursos com 2, e por vezes 3, cores).
As fitas, no total de 8, são "pregadas" pasta por meio de colchetes ou de velcro, sendo que por serem poucas, a escolha de quem as assina é usualmente muito criteriosa. Há sempre a possibilidade de permutas, caso uma das fitas fique por assinar, como disso pode ser exemplo a fita reservada a professores ou a irmãos que se não tenha (podendo nesse caso serem reservadas a colegas, amigos...).
As fitas dos finalistas têm origem nas fitas que eram utilizavadas para abotoar a pasta dos estudantes, sendo inicialmente 6 (duas talas de cartão dobradas, fechando com o auxílio de 3 ordens de pequenas fitinhas de cada lado, que serviam para atar a mesma com nós e laçarotes.Mais tarde passaram a 8, dividindo-se em 4 pares, ocupando, assim, cada lado da pasta.
A partir dos anos 70 do século XIX, começam a surgir as chamadas "Pastas de Luxo", começando as pastas a já apresentar fitas largas, caídas para fora, presas às telas.
As 8 fitas de finalista são simples, lisas, sem brasones, estampados, desenhos ou quejandos. Todo o seu espaço é para assinatura das pessoas e não devem ser ostentadas com iconografia, como se fossem emblemas da capa.
As Fitas dos Fitados, apresentam-se com cerca de 7,5 cm de largura e 40 cm de comprimento.
Simplicidade e sobriedade, sem espaço a show-off, por muito que isso possa irritar os mais vaidosos ou ainda certas indústrias, mais ou menos caseiras.
A fazer negócio à conta das tradições, que estas sejam respeitadas.
As fitas, no total de 8, são "pregadas" pasta por meio de colchetes ou de velcro, sendo que por serem poucas, a escolha de quem as assina é usualmente muito criteriosa. Há sempre a possibilidade de permutas, caso uma das fitas fique por assinar, como disso pode ser exemplo a fita reservada a professores ou a irmãos que se não tenha (podendo nesse caso serem reservadas a colegas, amigos...).
As fitas dos finalistas têm origem nas fitas que eram utilizavadas para abotoar a pasta dos estudantes, sendo inicialmente 6 (duas talas de cartão dobradas, fechando com o auxílio de 3 ordens de pequenas fitinhas de cada lado, que serviam para atar a mesma com nós e laçarotes.Mais tarde passaram a 8, dividindo-se em 4 pares, ocupando, assim, cada lado da pasta.
A partir dos anos 70 do século XIX, começam a surgir as chamadas "Pastas de Luxo", começando as pastas a já apresentar fitas largas, caídas para fora, presas às telas.
As 8 fitas de finalista são simples, lisas, sem brasones, estampados, desenhos ou quejandos. Todo o seu espaço é para assinatura das pessoas e não devem ser ostentadas com iconografia, como se fossem emblemas da capa.
As Fitas dos Fitados, apresentam-se com cerca de 7,5 cm de largura e 40 cm de comprimento.
Simplicidade e sobriedade, sem espaço a show-off, por muito que isso possa irritar os mais vaidosos ou ainda certas indústrias, mais ou menos caseiras.
A fazer negócio à conta das tradições, que estas sejam respeitadas.
O resto, o que vemos por aí (e que abaixo exemplificamos) são contrafacção, são anti-praxe, são a subordinação da Praxe à lógica comercial, e só usa quem se está realmente nas tintas para a tradição.
A Praxe não é um traço pessoal ou individual e, nestas coisas, há que saber distinguir o nosos umbigo daquilo que é a pertença e observância de uma cultura transversal, usualmente regrada em código.
Poderiam, alguns (apesar de nunca esse argumento ter sido apresentado - indiciando claramente que não era, nem é, essa, sequer, a intenção) alegar que as actuais pastinhas da treta são como que uma cópia das antigas Pasta de Luxo que vigoraram até inícios do séc. XX, como que uma reabilitação da mesmas, tendo em conta que estas eram, e passo a citar:
"... pastas de acabamentos de veludo e monogramas de prata, que de tão estreitas para nada serviam, mas que tinham umas fitas largas, imponentes e lustrosas como as fitas largas de hoje. Eram oferecidas aos quartanistas pelos padrinhos ou pelas noivas e, naturalmente, não serviam para transportar nada, muito menos sebentas. Mas também não era preciso, porque diz a tradição que depois do 4º ano nunca se chumbava." in Penedo d@ Saudade - As (verdadeiras) Origens da Queima - artigo de de 17 Maio 2010
Contudo as pastas de luxo eram isso mesmo: um luxo; pelo que de uso não generalizado, mesmo se bem presente.
Ainda assim, estamos a falar de algo que já há décadas que não faz parte da praxis e e que em momento algum foi sequer contemplado em qualquer código. Para além disso, caberia sempre a organismso de Praxe reintroduzir e definir as Pastas de Luxo e nunca a empresas ou lógicas comerciais (que não têm legitimidade para tal).
A única Pasta da Praxe consagrada é pois a que acima ilustramos em imagem e não outra. Só ela pode receber as ditas fitas que, repetimos, são 8 apenas.
Fixando um ponto de referência, podemos dizer que na segunda metade do séc. XIX apenas os estudantes Quintanistas, usavam Pasta – Pasta de Luxo.
Já utilizadas em 1850, estas eram de qualquer cor (mas normalmente da faculdade), em tudo similares às pastas vendidas nas livrarias da especialidade: duas talas de cartão dobradas, fechando com o auxílio de 3 ordens de pequenas fitinhas de cada lado, ou seja, cada Pasta tinha 6 pequenas fitas que serviam para atar a mesma com nós e laçarotes.
Mais tarde, com a magnificência das Récitas dos Quintanistas é que se definiram as famosas Pastas de Luxo nas Faculdades de Direito e Teologia, já de Fitas Largas, caídas para fora, presas às telas forradas de rico cetim bordado, veludos com embutidos de prata, ouro e mármore.
As Pastas de couro ou cabedal, embora menos vistosas, mas bem mais baratas, generalizam-se na primeira década do séc. XX, introduzidas nomeadamente pelos estudantes militares (e também em voga nos geógrafos, arqueólogos e outros especialistas nos seus trabalhos de campo, contrastando com o luxo ostensivo das pastas dos quintanistas e podendo ser usadas pelos demais estudantes no seu quotidiano, então sim, para transportar sebentas (as de luxo serviam apenas para a festividade de fim de curso).
O seu uso generalizado no Porto desde finais do séc. XIX, alargou-se a Coimbra e a todo o país.
NÃO É DA PRAXE O QUE SE SEGUE:
A imagem acima ilustra uma outra "versão": que a cor das fitas é conforme quem as assina (uma cor para pais, outra para colegas, outra para professores....) numa concepção sem nexo, sem senso algum.
Quem quer respeitar a tradição segue a mesma e não a que é ditada pelas lojas ou pela "lógica da carneirada" em que se copia o vizinho (e de preferência se ultrapassa o mesmo) sem sequer se atender ao código, ao respeito que deve merecer a Praxe.
Obviamente que os Conselhos de Praxe ou de Veteranos, as comissões e afins têm enorme culpa no cartório, mas a incompetência generalizada dos organismos de praxe não pode justificar o surto de ignorância colectiva que, repentinamente se verifica nos finalistas, nesta época do ano.
O mesmo se aplica a certos fundamentalismos como o que diz que caloiros não podem traçar a capa sem ser antes o padrinho ou que só usam traje pela 1ª vez na serenata (ver AQUI), que é mais um mito alimentado pelo ignorância de uns ou má fé de outros.
Fica este reparo, uma vez mais, para quem o quiser levar em linha de conta.
Para os estudantes que, contudo, pretendam ter muitas outras fitas, pois que o façam e as guardem, evitando ostentar na sua pasta mais que as 8 que a Tradição contempla.
Obviamente que os Conselhos de Praxe ou de Veteranos, as comissões e afins têm enorme culpa no cartório, mas a incompetência generalizada dos organismos de praxe não pode justificar o surto de ignorância colectiva que, repentinamente se verifica nos finalistas, nesta época do ano.
O mesmo se aplica a certos fundamentalismos como o que diz que caloiros não podem traçar a capa sem ser antes o padrinho ou que só usam traje pela 1ª vez na serenata (ver AQUI), que é mais um mito alimentado pelo ignorância de uns ou má fé de outros.
Fica este reparo, uma vez mais, para quem o quiser levar em linha de conta.
Para os estudantes que, contudo, pretendam ter muitas outras fitas, pois que o façam e as guardem, evitando ostentar na sua pasta mais que as 8 que a Tradição contempla.
Para os finalistas, o nosso FRA!
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As fotos utilizadas foram obtidas na net, via motor de pesquisa google.
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