Esta coisa da noção de anti-praxe é ridícula e prova de suprema ignorância.
Ninguém tem de assinar qualquer documento para declarar que não se quer submeter ao gozo ao caloiro (praxes).
Chega a ser, mais do que estúpido, um verdadeiro atentado à dignidade das pessoas, as quais passam a fazer parte de um qualquer index inquisitório, de uma lista nazi de pessoas cuja "raça" se considera impura.
Ser anti-Praxe significa ser contra toda e qualquer tradição, contra o uso do traje, contra as tradições académicas. Ora o que se passa é que os caloiros não recusam isso. O que eles recusam (e estão no seu pleno direito) é serem praxados.
E isso em nada impede de trajarem e participarem da vida e actividades académicas, com plenos direitos
Sobre a noção de "anti-praxe", e todas as falsidade em torno desse conceito, queiram informar-se AQUI.
Quanto às "solenidades", começamos por dizer que seria bom que pegassem num dicionário, lessem umas coisas de tradições académicas e, assim, evitassem conferir a designação "solenidade" a coisas que não o são.
Mas primeiro de tudo, uma vez mais, sublinhar que nenhuma actividade académica ou praxística é obrigatória para coisa nenhuma.
Depois, referir que diversas dessas actividades não são Praxe sequer. O que existe é a observância da Praxe quanto ao modo de trajar nessas ocasiões.
Lamentavelmente, são tão ignorantes que nem percebem que Praxe diz respeito quase essencialmente ao uso do traje conforme as ocasiões. Mas, pasme-se, decidiram fazer um código do traje à parte, quando um Código de Praxe, a sério, inclui necessariamente o traje (ou então chamem-lhe "Código das Praxes/Gozo ao Caloiro).
Vamos então: solenidades, ou seja momentos solenes, são considerados actos formais de importância para toda a instituição (e não apenas para quem anda nas praxes): baptismo (porventura, conforme os moldes), imposição de insígnias, serenata, exéquias (funerais), celebrações religiosas, tomadas de posse, recepções oficiais.......
Recepção aos caloiros, tribunais, enterros do caloiro, traçar das capas, entre outros, não são momentos solenes (tal como o não são o cortejo ou a latada, por exemplo).
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E acaba aqui a primeira parte da análise (segue, dentro de instantes, a análise ao "código do traje") o que ficou por contemplar?
Muita coisa.
Nada sobre protecções, nada sobre imposição de insígnias, nada sobre insígnias pessoais e da Praxe, nada sobre pasta da praxe, nada sobre a praxis a observar pelos finalistas, no cortejo ou na missa de finalistas; nada sobre como proceder numa serenata ..............................
Ou seja, além deste documento nem para papel higiénico servir, nem sequer aborda uma quantidade de questões.
Mas se até aqui já deu para ver o quão mau isto anda pelos lados da NOVA IMS, em termos de Praxe, segurem-se, porque o que vem a seguir é ainda pior.
NOTA: Volta-se a sublinhar aos interessados que se esforcem por abrir os links sugeridos (apresentados em maiúsculas com a designação "AQUI") e lerem atentamente os artigos em causa, pois apresentam os factos documentados que demonstram o porquê das coisas. Não somos meigos nas apreciações, mas a nossa crítica não é gratuita: apresentamos sempre explicação e fornecemos dados para a devida correcção.
Não, meus caros, o traje não é unificação dos estudantes nem serve para esbater diferenças entre ricos e pobres.
Isso é mentira, é mito que se alastrou, qual vírus da gripe, graças à pouca capacidade crítica dos estudantes que comem qualquer coisa que se lhes diga.
O traje serve unicamente para identificar o foro académico, para identificar o estudante como tal, nem mais nem menos! Ver AQUI!
E se pretendem que os alunos se distingam pela inteligência, então algo vai mal: olhando a este código vemos tudo menos a distinção pela inteligência.
Aliás, veja-se a incoerência de afirmar que o traje não pode ter enfeites, mas depois, como mais à frente veremos, é pins e emblemas a rodos, sem esquecer colheres na gravata. Inteligência? Essa é para rir!
De traje o estudante torna-se mais sólido e desenvolve melhor a sua personalidade?
Mas esta gente tem noção do que diz ou anda a fumar coisas que não devia?
Não, o traje não se enverga pela primeira vez na "Serenata Académica".
O traje veste-se pela primeira vez, se assim o quiser, qualquer estudante matriculado no ensino superior, quando bem lhe der na gana, ou seja pode fazê-lo mal se matricule. Ver AQUI.
E, já agora, chama-se "Monumental Serenata". Só nessa é que há a etiqueta de se traçar a capa, ou seja, nada obriga a traçar a capa noutra qualquer serenata (embora possamos convir que se possa estender às serenatas que se vão fazendo nas festividades de recepção ao caloiro).
E essa perfeita parvoíce (que atenta à própria inteligência) de ninguém poder traçar a capa sem o ter feito primeiro na serenata só mesmo de gente retardada mental.
A Monumental Serenata surgiu no programa da Queima das Fitas de Coimbra em 1949. Só daí em diante se irá estilizar a praxis de ter a capa traçar durante a serenata.
Quer dizer que antes de 1949 ninguém traçava a capa?
Pensem lá um pouco, se não for pedir muito!
Sobre a praxis do traje na Monumental Serenata, leiam AQUI!
É pena que, de facto, de encha tanto espaço com parvoíces.
Nada há na tradição que justifique o n.º ímpar em casas de botões, atacadores e afins (ver AQUI).
Nada há que justifique ter o último botão do colete desapertado. Ele existe é para estar apertado - pelo menos obrigatoriamente em eventos formais.
Depois temos estas cópias sem critério onde se diz que a batina não é de modelo eclesiástico. Claro que não é: afinal nem sequer se trata de uma batina, mas de uma casaca! Chamam-lhe batina como alcunha, mas trata-se de uma casaca.
E essa coisa de dizer que o tamanho da batina não pode distar uma mão travessa acima ou abaixo do joelho é tão estúpido que nem vale a pena mais delongas.
Mas vai mais longe a burrice desta gente: proíbem as raparigas de despir o casaco, salvo se usarem colete.
Se aplaudimos permitirem o uso do colete às raparigas, não se percebe proibirem tirar o casaco.
O colete, para homens ou mulheres é, como sempre foi, opcional.
O que facilmente evitava picuinhices da treta era dizer que se traja a rigor em momentos formais.
Recordamos o que afirmaram sobre o traje no artigo 1.º, onde se lê que não pode haver distinções, que os estudantes não devem usar enfeites e apenas se distinguirem pela inteligência.
AFINAL ONDE ESTÁ A COERÊNCIA???
Membros de um organismo de Praxe não são milícias e muito menos polícia.
Meterem fita no braço e um pin na gravata é avacalhar a tradição, desrespeitar o traje carnavalizando-o e deturpar as funções de um Conselho de Praxe.
E, para rematar, ainda têm a suprema estupidez de achar que o uso da colher de pau é só para os membros desse corpo de elite policial.
Esta gente estava bem era na Correia do Norte a ver como parecem fascinados pelas organizações extremistas para-militares.
Só falta exigirem que todos lhe batam continência ou levantem o braço esticado á sua passagem, tipo a Lady da "Raríssimas".
Este artigo é um relambório de falsidades.
(1) Não, NÃO SE RETIRAM ETIQUETAS DO TRAJE! Ver AQUI, se faz favor!
(4) Com o traje académico, em momentos formais, só se permite pasta da praxe. Ver AQUI sobre a pasta e insígnias pessoais. Quando muito, usam-se sacos/mochilas/malas exclusivas ao transporte d e material didáctivo (computador, material de desenho, material para desporto). Jamais carteiras e malinhas de senhora.
(5) Essa dos anéis é verdadeiramente ridícula.
Permitem anéis de brasão a que propósito? Então e essa coisa de não distinguir ricos de pobres e evitar enfeites e só se distinguirem pela inteligência? É que mesmo dentro do erro de atribuir ao traje uma função que não tem, conseguem desdizer tudo quanto afirmam.
E não, não se permite anel de curso, pois este é apenas destinado a pessoas formadas. E pessoas formadas não estão na/em Praxe, porque já não são estudantes!!! Sobre o anel de curso, leiam AQUI. E ainda falam que o estudante se deve distinguir pela inteligência!
(6) Pode-se perfeitamente usar maquilhagem e unhas pintadas, conquanto não destoem. Basta olharem à regulamentação dos trajes corporativos e militares que não proíbem isso (e o traje académico segue, grosso modo, essa mesma etiqueta).
(7) Nada há que determine que o estudante trajado tem de andar em cabelo. Tradicionalmente os estudantes sempre usaram cobertura, tendo sido o goro a última cobertura usada e que ficou tradicionalmente consagrada. Portanto é falso que não se possa usar cobertura, desde logo porque o denominado gorro académico é parte do traje (sendo o seu uso opcional). Ver AQUI, sobre o gorro.
(8) Não, NÃO SÃO PROIBIDOS RELÓGIOS DE PULSO!
O relógio de pulso é tão legítimo quanto o de bolso. Aliás, tem, até, mais tradição de uso. Ver AQUI.
(9) Não se usam pins na lapela, senão 1. Portanto, não apenas é incoerente com o artigo 1.º (o tal que fala de não meter enfeites e distinguir-se só pela inteligência), como não corresponde á tradição sequer. Ver AQUI, como se procede com pins.
(10) E lá vem o raio da colher de café! Tanto enfeite, afinal, para quem diz que o traje não pode ter enfeites.
NÃO SE USA COLHER DE CAFÉ NO TRAJE!
Isso é folclore que desrespeita o traje e nada tem de académico ou de tradição académica ligada ao porte de traje estudantil. Ver AQUI, se faz favor!!
Para se exigir ao estudante que coloque correctamente emblemas na capa, conviria, desde logo, que os autores deste "código" soubessem o que é isso de "colocação correcta". Só que não sabem, inventam (ou repetem, sem critério, o que viram ou ouviram).
Não há emblemas obrigatórios, nem números ímpares (ver AQUI), nem linhas. E muito menos emblemas da terra do pai ou da mãe. Se querem saber como se faz com os emblemas, e porquê, leiam AQUI, evitando tornar a vossa capa num circo.
Não se percebe tanta invenção sobre os modos de usar e colocar a capa.
- Fora os momentos formais, usa-se a capa como bem nos apetecer (descaída, com dobras, traçadas, ao ombro, cruzada...).
- A capa usa-se com as dobras que se quiser, salvo nos momentos em que a etiqueta manda que esteja sem qualquer dobra (cerimónias solenes ou luto - ver AQUI). Não há dobras obrigatórias.
- Usa-se traçada sempre que se quiser, salvo na Monumental Serenata ou em trupe.
- Nada há que determine alguém não poder estar afastado da capa mais que X distância. Isso é simplesmente ridículo. Ver AQUI.
- A CAPA PODE LARVAR-SE! Condenável é andar com uma capa suja e um traje pouco cuidado, pois é uma das normas mais basilares da Praxe o aprumo e limpeza. Ver AQUI. Quem defende que a capa não se lava tem muita sujidade intelectual que tolhe um raciocínio límpido e claro. São as trevas da ignorância!
SOBRE OS MODOS DE USAR A CAPA, LEIAM AQUI. SOBRE OS EXAGEROS PRAXÍSTICOS LIGADOS AO USO DO TRAJE, LER AQUI.
Os rasgões na capa obedecem a uma tradição. E a obrigação de quem inventou este "código" era informar-se e documentar-se.
Só se fazem rasgões de um lado da capa, sendo que, ao centro, se reserva para o namorado(a). Jamais o próprio faz um rasgão ao centro!
Sobre os rasgões, leiam AQUI.
Isso do traje estar dependente do número de matrículas é anti-Praxe! Mais: é estúpido, ridículo e um atentado à Tradição Académica.
Proibir o uso do traje a caloiros vai contra a tradição e um traje proibido a caloiros não é um traje académico! Ver AQUI!
Determinar o uso de pins e emblemas em função de matrículas não tem cabimento. O traje não é farda de praxistas, mas de qualquer estudante.
Após a Bênção das Pastas (essa é a designação mais correcta - ver AQUI), ainda há aulas. O ano não termina com a Queima das Fitas. Portanto não se percebe que se escreva que fica ao critério do estudante trajar depois dessa cerimónia. O estudante, enquanto for estudante, traje sempre que quiser. Mais um artigo que nem um caixote do lixo aceitaria!
E termina a falar de respeito e conduta.
Só que existe efectivamente um enorme problema: é impossível respeitar-se a tradição seguindo este "código". Pode-se seguir muita palermice e gostar de seguir idiotices, mas respeitar a Tradição isso não, porque este documento vai contra a mesma na sua quase totalidade.
E seguir este "código" impede ter uma conduta digna à luz da Tradição, quando quase todo ele atenta a uma conduta respeitadora da Praxe e Tradição Académicas.
Todo e qualquer debate, opinião ou questão sobre este artigo deverão ser direcionados para o grupo do Facebook "Tradições Académicas & Praxe".