domingo, 25 de maio de 2014

Notas à Pasta e Fitas de Finalista: o circo da Praxe


Lamentavelmente, para quem esteve na Bênção das Pastas em Lisboa, continuar a verificar que foi mais um ajuntamento de atropelos à tradição, com total desrespeito quer pela cerimónia quer pela praxis.







 Fotos retiradas da versão online do jornal "O Público".
(Artigo de José Sarmento Matos 18/05/2013)

Lamentavelmente, já não é a 1ª vez que aqui nos referimos a tal, pois já desde 2008 que temos vindo a fazer reparo (ver AQUI).
Já nem falo das dezenas de finalistas sem qualquer traje, usando pastinha e fitas, desrespeitando a Tradição e fazendo figura ridícula.
Sendo a Missa da Bênção das Pastas parte da Tradição, manda a Praxe que, nessa ocasião, os finalistas estejam trajados a rigor. A mesma Tradição define que só se usa pasta e fitas quando devidamente trajado.
Não é uma questão de ser praxista ou não, mas de respeitar e ser inteligente, porque saber ser e estar numa cerimónia como esta é algo que deveríamos supostamente esperar de gente que finda estudos superiores. Pelos vistos, "superiores" só mesmo os desaforros e afrontas com que delapidam a Tradição ao não serem dignos da mesma.
 
Reitero o veemente reparo ao uso de dezenas de fitas pregadas naquelas “pastas” (da treta) cartonadas e brasonadas. Fitas que, também elas, quando não tinham "brasone" eram pinturas e desenhos impressos. O circo e o folclore instalados, claro está, porque a “- Praxe e Tradição que se lixem, na hora de fazer o que quero”.
Mas desengane-se quem pensa que só em Lisboa sucede.
Temos disto no Algarve, Évora, Setúbal, Santarém......em praticamente todas as academias a sul do Mondego.
 
É lamentável perceber que mais do que a ignorância das pessoas (o que é ridículo em gente formada, muita dela autodenominada de "praxista"), grassa a incompetência dos organismos de Praxe dessas casas representadas.
E não é por falta de informação. Dedicámos um artigo inteiro sobre o correcto uso de Pasta e Fitas por parte dos finalistas (ver AQUI).
Tanto mais é lamentável que parece que, afinal, quem manda são as lojas de artigos académicos, elas sim são quem impõem as modas, definem o nº de fitas (ou seja, não há limite: importa é vender) e todo o material e acessórios. Qual código, qual quê?! O único código é o do lucro à custa da estúpida ignorância dos finalistas.
E não foi por falta de aviso, quanto ao papel nefasto das lojas e comerciantes que vivem à custa da Tradição e da asinus ignorantiae dos finalistas. (ver AQUI)!!!
São 8 as fitas a ostentar, já o deixámos bem claro. A haver mais, devem ficar guardadas.
E a sua distribuição obedece a uma tradição, não à parvoíce do umbigo de cada um.





Correcta distribuiçção e colocação das fitas, segundo a Tradição.
 
Recordar que a dita “Pasta da Praxe”não é “da Praxe” no sentido de ser dos praxistas ou só se poder usar se o aluno tiver sido praxado.
Diz-se “da Praxe” no sentido de ser a que está em uso (deve ser usada), que é própria do estudante universitário, assim consagrada e definida.
Fique este esclarecimento para aqueles que alegam parvamente que a pasta não é “da Praxe” e, por isso, pode ser como querem e com as fitas que bem lhes apetece.
As Pasta e as Fitas obedecem a uma Tradição, regrada pela Praxe e aplicável a qualquer um que as utilize, seja ele praxista ou não. Usando Pasta e Fitas, isso obriga ao estrito respeito pela etiqueta e protocolo associados, desde logo pelo uso obrigatório do traje.
Lamentavelmente, ainda não descobri em nenhum código (se houver informem) dessas academias, cujos finalistas parecem arautos carnavalescos, qualquer artigo em que se definisse o nº limite das fitas ou mesmo como deveriam ser (tamanho, forma, apresentação...), tudo devidamente fundamentado na Tradição.
Os muitos que conheço são, até, omissos – como é costume em casas onde Praxe é apenas um termo a pretexto do qual se inventa.
Que andam as comissões de praxe, os conselhos de veteranos e afins a fazer em defesa da Tradição?
Eu respondo: - NADA, POIS NEM SEQUER SABEM O QUE ISSO É!

O que se lamenta é a imagem que passa: a de finalistas que, estando no topo da hierarquia estudantil (e praxística), não são exemplo, muito pelo contrário, de uma cultura que lhes deveria merecer maior carinho e respeito, como sinal de coerência e credibilidade.

O que se lamenta é que, muitos que trajam, defendem a tradição, e outros que se afirmam "praxistas dos 7 costados", na hora de serem coerentes........ façam precisamente o oposto.

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